sexta-feira, 29 de julho de 2011

Homem é morto após tentar assaltar agente penitenciário em SP


Vítima reagiu e atirou em suspeito, no Centro de SP.
Outro criminoso conseguiu fugir.

Do G1 SP

Um homem foi morto no final da noite desta terça-feira (26) na Avenida Duque de Caxias, no Centro de São Paulo, após tentar assaltar um agente penitenciário que estava dentro de um carro parado no sinal vermelho. A vítima reagiu e acertou um dos assaltantes – o outro conseguiu fugir.
O caso aconteceu por volta das 23h30. Dois homens entraram no carro e renderam o motorista com um revólver. A vítima aproveitou um momento de distração dos assaltantes e atirou no criminoso que estava armado, no banco de trás. O outro, que estava na frente, abriu a porta e conseguiu fugir.
A arma do assaltante estava descarregada. O outro suspeito ainda não foi identificado.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

'Marcha da insensatez' da dívida dos EUA deixa governo 'apreensivo'


Impasse entre Barack Obama e seus inimigos republicanos sobre a gigantesca dívida norte-americana preocupa governo, que 'torce' por solução. 'Confesso minha apreensão', diz o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Com EUA e parte da Europa patinando na 'segunda fase' da crise financeira mundial de 2008/2009, governo prepara medidas tributárias e protecionistas em favor do setor industrial. Apesar do pessimismo sobre o exterior, previsões para o crescimento do Brasil continuam positivas, graças ao mercado interno.

BRASÍLIA – A falta de solução para a dívida dos Estados Unidos começa a deixar o governo preocupado. O motor do crescimento brasileiro tem sido – e continuará sendo - o mercado interno, mas a piora da expectativa sobre o futuro dos países desenvolvidos, especialmente os EUA, prejudica a indústria e justifica adotar medidas tributárias e comerciais que o governo prepara e anunciará em breve.

“Confesso minha apreensão pelo rumo que as coisas estão tomando [nos Estados Unidos]”, disse nesta terça-feira (26/07) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto. “Torço para que eles resolvam essa situação”, que classificou de “grave”.

Para o ministro, o mundo assiste a uma “marcha da insensatez” nos EUA, cuja dívida é gigantesca (cerca de cinco vezes o tamanho da economia brasileira), não para de crescer, mas o mundo político não acha uma solução – subir impostos, cortar gastos ou fixar novos limites de endividamento. “Certamente existe um cenário político por trás disso”, disse Mantega, aludindo à guerra entre o presidente Barack Obama e seus inimigos republicanos por causa da eleição do ano que vem.

Na Europa, disse o ministro, o cenário não é muito diferente. Alguns países, como Grécia e Itália, vivem na pele uma segunda etapa da crise financeira mundial de 2008/2009. O problema, que era privado (dos bancos), tornou-se estatal (dos governos). A solução dessa nova crise “deve se arrastar pelos próximos anos”, para Mantega, mas já tem consequências práticas.

A principal delas, disse o ministro, é a “falta de mercado para manufaturas”. Como o mundo rico não cresce, fecham-se os espaços para produtos de maior valor agregado, e a competição se acirra. Neste quadro, corre-se o risco de um “vale-tudo” em busca de mercados. “Até os Estados Unidos estão sendo usados na triangulação para o Brasil. Os Estados Unidos têm hoje superávit comercial com o Brasil. Vamos tomar medidas importantes neste campo”, declarou.

A triangulação a que se referiu o ministro é a exportação de uma mercadoria a algum país antes de ser remetida ao Brasil, numa tentativa de driblar tarifas e burocracias maiores, caso o bem viesse direto de seu país de origem. Tem sido praticada sobretudo por empresas chinesas, que vinham optando por exportar para países do Mercosul e, logo em seguida, ao Brasil, porque os parceiros do bloco tem comércio facilitado. Agora, os chineses estariam recorrendo aos EUA.

Do ponto de vista das empresas brasileiras, o fechamento dos mercados internacionais para produtos industriais agrava-se com a ininterrupta queda do preço do dólar. Como o país continua crescendo, investidores e multinacionais seguem botando seus recursos no Brasil, em busca de lucros. No primeiro semestre, entraram US$ 50 bilhões de dólares no país, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira (26/07). A cotação da moeda americana aproxima-se da casa de U$ 1,50.

Para tentar melhorar a competitividade das empresas, especialmente industriais, sem agir no dólar diretamente, o ministério da Fazenda estuda mudar a cobrança de contribuição previdenciária (que hoje incide sobre a folha de salários e passaria para o faturamento) e na legislação do ICMS, o principal imposto do país, que é estadual e possui 27 legislações diferentes. “Essa é uma prioridade decidida junto com a presidenta Dilma Rousseff”, disse Guido.

Apesar do cenário algo pessimista sobre o exterior, o governo aposta que, a exemplo do que ocorreu na primeira etapa da crise financeira mundial, o Brasil está preparado para se sair bem, porque a economia está sendo impulsionada pelo mercado interno, com geração de emprego e renda ainda elevada, mesmo que num ritmo menor do que o de 2010. O controle da inflação este ano está sendo feito sem sacrificar o mercado de trabalho.

"O importante é salientar que o controle da inflação, embora implacável, não chegou a derrubar a economia", disse mantega. "O atual crescimento é satisfatório para atender as necessidades dos jovens e da sociedade", completou.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Preso arranca páginas da Bíblia para esconder celular

Aparelho foi encontrado durante revista das celas.
Cadeia de São Roque abriga 139 presos, mas tem capacidade para 48.

Do G1 SP, com informações da TV Tem
celular bíblia (Foto: Reprodução/TV Globo) 
Celular foi encontrado durante revista das celas
(Foto: Reprodução/TV Tem)
Um celular foi encontrado dentro de uma Bíblia na cadeia de São Roque, no interior de São Paulo, nesta terça-feira (26). As páginas foram arrancadas para esconder o aparelho.
No total, a polícia apreendeu sete celulares, baterias e carregadores durante a revista de todas as celas. Os presos foram colocados no pátio e todas as bolsas e roupas, reviradas.
A cadeia de São Roque tem hoje 139 presos, mas a capacidade da unidade é para 48 homens.

"Chaves": Carlos Villagrán, o Quico, chama Roberto Bolanos de trapaceiro

 
http://natelinha.uol.com.br/img/pag/315x265/img20110726144209.jpg
Polêmica envolvendo atores do consagrado seriado mexicano "Chaves".

Carlos Villagrán, intérprete de Quico, resolveu atacar mais uma vez Roberto Gomez Bolaños, criador e protagonista da série.

Em entrevista ao site mexicano LaBotana.com, Villagrán chamou seu ex-colega de trapaceiro. “Ele não paga impostos sobre os royalties que cobra”, acusou.

O humorista também fez um questionamento: “Por que fizeram uma homenagem somente a ele, quando todos nós triunfamos?”, e afirmou que o personagem que mais gera dinheiro a Bolaños é o Quico. “E eu não recebo nem cinco centavos. Tudo quem leva é o Roberto, que é multimilionário. Tudo que ele faz, ele se registra como escritor, mas já está pagando, porque está trocando dinheiro por saúde”, atacou.

Na entrevista, Carlos Villagrán também não poupou Florinda Meza, atriz que viveu Dona Florinda no seriado, com quem já teve um romance. Porém, há anos, ela é casada com Roberto Bolaños.

“Ela gosta de se fazer de vítima”, alfinetou. “Ela usa relógios de plástico nas entrevistas, quando tem casas em todos os lugares”, revelou.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Paul Krugman: "Podemos estar perto de reviver a crise de 1930"


Para aqueles que conhecem a história da década de 1930, o que está ocorrendo agora é muito familiar. Se alguma das atuais negociações sobre a dívida fracassar, poderemos estar perto de reviver 1931, a bancarrota bancária mundial que alimentou a Grande Depressão. Mas se as negociações tiverem êxito, estaremos prontos para repetir o grande erro de 1937: a volta prematura à contração fiscal que terminou com a recuperação econômica e garantiu que a depressão se prolongasse até que a II Guerra Mundial finalmente proporcionasse o "impulso" que a economia precisava. O artigo é de Paul Krugman.

Esta é uma época interessante, e digo isso no pior sentido da palavra. Agora mesmo estamos vivendo, não uma, mas duas crises iminentes, cada uma delas capaz de provocar um desastre mundial. Nos EUA, os fanáticos de direita do Congresso podem bloquear um necessário aumento do teto da dívida, o que possivelmente provocaria estragos nos mercados financeiros mundiais. Enquanto isso, se o plano que os chefes de Estado europeus acabam de pactuar não conseguir acalmar os mercados, poderemos ter um efeito dominó por todo o sul da Europa, o que também provocaria estragos nos mercados financeiros mundiais.

Somente podemos esperar que os políticos em Washington e Bruxelas consigam driblar essas ameaças. Mas há um problema: ainda que consigamos evitar uma catástrofe imediata, os acordos que vêm sendo firmados dos dois lados do Atlântico vão piorar a crise econômica com quase toda certeza.

De fato, os responsáveis políticos parecem decididos a perpetuar o que está sendo chamado de Depressão Menor, o prolongado período de desemprego elevado que começou com a Grande Recessão de 2007-2009 e que continua até o dia de hoje, mais de dois anos depois de que a recessão, supostamente, chegou ao fim.

Falemos um momento sobre por que nossas economias estão (ainda) tão deprimidas. A grande bolha imobiliária da década passada, que foi um fenômeno tanto estadunidense quanto europeu, esteve acompanhada por um enorme aumento da dívida familiar. Quando a bolha estourou, a construção de residências desabou, assim como o gasto dos consumidores na medida em que as famílias sobrecarregadas de dívidas faziam cortes.

Ainda assim, tudo poderia ter ido bem se outros importantes atores econômicos tivessem aumentado seu gasto e preenchido o buraco deixado pela crise imobiliária e pelo retrocesso no consumo. Mas ninguém fez isso. As empresas que dispõem de capital não viram motivos para investi-lo em um momento no qual a demanda dos consumidores estava em queda.

Os governos tampouco fizeram muito para ajudar. Alguns deles – os dos países mais débeis da Europa e os governos estaduais e locais dos EUA – viram-se obrigados a cortar drasticamente os gastos diante da queda da receita. E os comedidos esforços dos governos mais fortes – incluindo aí o plano de estímulo de Obama – apenas conseguiram, no melhor dos casos, compensar essa austeridade forçada.

De modo que temos hoje economias deprimidas. O que propõem fazer a respeito os responsáveis políticos? Menos que nada. A desaparição do desemprego da retórica política da elite e sua substituição pelo pânico do déficit tem verdadeiramente chamado a atenção. Não é uma resposta à opinião pública. Em uma sondagem recente da CBS News/The New York Times, 53% dos cidadãos mencionava a economia e o emprego como os problemas mais importantes que enfrentamos, enquanto que somente 7% mencionava o déficit. Tampouco é uma resposta à pressão do mercado. As taxas de juro da dívida dos EUA seguem perto de seus mínimos históricos.

Mas as conversações em Washington e Bruxelas só tratam de corte de gastos públicos (e talvez de alta de impostos, ou seja, revisões). Isso é claramente certo no caso das diversas propostas que estão sendo cogitadas para resolver a crise do teto da dívida nos EUA. Mas é basicamente igual ao que ocorre na Europa.

Na quinta-feira, os “chefes de Estado e de Governo da zona euro e as instituições da UE” – esta expressão, por si só, dá uma ideia da confusão que se tornou o sistema de governo europeu – publicaram sua grande declaração. Não era tranquilizadora. Para começar, é difícil acreditar que a complexa engenharia financeira que a declaração propõe possa realmente resolver a crise grega, para não falar da crise europeia em geral.

Mas mesmo que pudesse, o que ocorreria depois? A declaração pede drásticas reduções do déficit “em todos os países salvo naqueles com um programa” que deve entrar em vigor “antes de 2013 o mais tardar”. Dado que esses países “com um programa” se veem obrigados a observar uma estrita austeridade fiscal, isso equivale a um plano para que toda a Europa reduza drasticamente o gasto ao mesmo tempo. E não há nada nos dados europeus que indique que o setor privado esteja disposto a carregar o piano em menos de dois anos.

Para aqueles que conhecem a história da década de 1930, isso é muito familiar. Se alguma das atuais negociações sobre a dívida fracassar, poderemos estar perto de reviver 1931, a bancarrota bancária mundial que tornou grande a Grande Depressão. Mas se as negociações tiverem êxito, estaremos prontos para repetir o grande erro de 1937: a volta prematura à contração fiscal que terminou com a recuperação econômica e garantiu que a depressão se prolongasse até que a II Guerra Mundial finalmente proporcionasse o impulso que a economia precisava.

Mencionei que o Banco Central Europeu – ainda que, felizmente, não a Federal Reserve – parece decidido a piorar ainda mais as coisas aumentando as taxas de juros?

Há uma antiga expressão, atribuída a diferentes pessoas, que sempre me vem à mente quando observo a política pública: “Você não sabe, meu filho, com que pouca sabedoria se governa o mundo”. Agora, essa falta de sabedoria se apresenta plenamente, quando as elites políticas de ambos os lados do Atlântico arruínam a resposta ao trauma econômico fechando os olhos para as lições da história. E a Depressão Menor continua.

(*) Paul Krugman é professor de Economía em Princeton e Prêmio Nobel 2008.
Tradução: Katarina Peixoto

Bombeiro de Bataguassu - MS comenta resgate de tentativa de suicídio

O bombeiro Roberto Alexandre Costa
Da Redação
A ação heróica de um bombeiro militar de Bataguassu ganhou repercussão pela gravidade da situação. Uma mulher de 27 anos tentou suicídio ao se jogar nas águas profundas do Rio Paraná.

O fato aconteceu na madrugada do último sábado (23) por volta de 4h da manhã. Uma mulher de 27 anos, com depressão, se jogou de uma altura de 12 metros da ponte Maurício Joppert.

O Corpo de Bombeiros Militar de Bataguassu, Polícia Rodoviária Federal (PRF/MS) e Polícia Rodovia Estadual (PRE/SP) já estavam no local tentando acalmar a vítima, quando, neste momento, a mulher se soltou e caiu dentro do canal do rio. Em seguida ela, arrependida, gritou por socorro. Segundo fontes, a mulher estava passando por crise em seu casamento.

Emocionado, o soldado do Corpo de Bombeiros Roberto Alexandre Costa, falou sobre a ação. “Ao chegar ao local e conversar com os bombeiros de SP que estavam negociando com a mulher percebemos a gravidade da ocorrência, pois a mulher se mostrava muito decidida a pular e ainda estava muito frio e escuro. Só deu tempo para montar um sistema de rapel, quando num ato de desespero a mulher se jogou, escutei só o barulho de seu corpo contra as águas e seus gritos de desespero, e ainda escutava os apelos de seu marido e dos outros que ali estavam: “Pelo amor de Deus, alguém ajuda. Vai bombeiro ela caiu. Meu Deus!Meu Deus!”. Só deu tempo de pegar um colete, retirar meu coturno. Desci no rapel até aquela escuridão de águas, então comecei a nadar. Percebi que estava muito longe dela e quanto mais ela se debatia se afastava ainda mais, eu só pensava que tinha que chegar nela a tempo, e esse era o objetivo da minha vida naquele momento”, conta. (Veja reportagem completa na edição impressa desta 3a.feira do Integração Regional)

Comando Policiamento Interior - 8 de PP afasta 2 PM's para apurar agressão a suspeitos

Vídeo mostraria policiais sendo violentos durante a prisão de dois acusados de tráfico

Da Redação
O Comando de Policiamento do Interior - Oito (CPI-8) instaurou inquérito policial para apurar a conduta de dois policiais militares que são acusados de agredir dois homens no momento da prisão, que ocorreu na última sexta-feira (22), por tráfico de drogas, no Jardim Sumaré, em Presidente Prudente.

Os policiais já estão afastados desde essa segunda-feira (25). Eles aparecem em um vídeo entregue à polícia tendo atitude supostamente agressiva na abordagem aos homens durante o flagrante.

As imagens foram gravadas por uma testemunha, em uma câmera digital, que teria achado os policiais “muito agressivos”.

Em nota divulgada pelo CPI-8, é informado que os policiais foram afastados preliminarmente de suas funções operacionais, “até que se apurem com imparcialidade os fatos”.

“O Comando de Policiamento de Interior-8 declara que há uma forte depuração interna, onde atitudes incompatíveis com os ótimos serviços prestados no Oeste Paulista, pela Polícia Militar, são devidamente apurados com rigor”, afirma.

Na ação do dia 21, a polícia chegou até os suspeitos no Jardim Sumaré após denúncia anônima. Segundo o B.O., um deles tentou fugir, mas ambos foram abordados e detidos por tráfico após serem encontradas 11 pedras de crack, 131 gramas de maconha, cinco celulares e R$ 586 em dinheiro. Com informações do Portal Prudentino

Bandidos rendem funcionários e roubam empresa de Bastos - SP

Da Redação
Uma empresa localizada na Rua México, Parque Industrial, em Tupã, foi assaltada por três bandidos na noite desta segunda-feira dia 25. Segundo a Polícia Militar, armados os criminosos renderam cinco funcionários e conseguiram fugir levando dinheiro, cheques e objetos de valor.

Por volta das 20h os cinco funcionários estavam no local quando foram surpreendidos por 03 indivíduos armados. As vitimas foram obrigadas a acompanhar os criminosos por toda a firma. Depois de revirarem gavetas os ladrões acharam o cofre e obrigaram uma das vítimas a ligar o maçarico da firma e arrombar o cofre.

Os ladrões fugiram levando vários objetos, dinheiro e certa quantia em cheques. A Polícia Técnica compareceu no local onde foram apreendidas uma barra de ferro e uma faca. Antes de fugirem os assaltantes prenderam as vítimas numa repartição da firma, por quase uma hora. Com informações de Bastos Já

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Marco da internet vai logo ao Congresso; regulação da mídia, não


Práticas ilegais e anti-éticas do jornal News of The World reabrem debate sobre limites dos meios de comunicação. No Brasil, governo federal patrocina discussão em duas frentes: regulação de emissoras de TV e rádio e definição de direitos para internautas. Já finalizado pelo ministério da Justica, marco civil da internet só aguarda aval da presidenta Dilma Rousseff para ir ao Congresso. Já as regras para radiodifusão ainda não foram fechadas pelo ministério das Comunicações e não há prazo para ficarem prontas.

BRASÍLIA – A descoberta de que um jornal britânico do bilionário Rupert Murdoch grampeava pessoas de forma cladestina reacendeu a discussão sobre os limites éticos e legais dos meios de comunicação. No Brasil, este tipo de debate vai esquentar sob patrocínio do governo federal, que prepara um novo marco regulatório para emissoras de TV e rádio, orientadas até hoje por uma legislação dos anos 60, e uma lei para a internet.

As duas propostas, contudo, estão em estágios diferentes. Enquanto a primeira ainda não tem data para ficar pronta - e pode até ser submetida a uma consulta pública pelo ministério das Comunicações, - a segunda só depende de um aval da presidenta Dilma Rousseff, para ser enviada ao Congresso na volta do recesso parlamentar, em agosto.

Preparado pelo ministério da Justiça, o chamado “marco civil da internet” vai garantir, segundo Carta Maior apurou, algo vital para quem gosta de usar a internet para fazer militância política ou contestar o noticiário de TVs e rádios: a neutralidade da rede. Será proibido que empresas provedoras de acesso à internet façam qualquer tipo de filtro do conteúdo dos usuários.

O texto começou a ser elaborado pelo governo em 2008, porque os parlamentares estavam prestes a aprovar uma lei - ainda hoje parada no Congresso - que classifica como crimes certas práticas de internautas. Batizado pelos inimigos de “AI-5 digital”, em referência ao ato institucional mais famoso e violento da ditadura militar, o projeto é criticado, entre outras razões, por tentar punir os usuários antes de direitos deles estarem bem definidos em lei.

O governo entrou na briga ao lado dos adversários do “AI-5 digital”, pedindo ao Congresso que não votasse a criminalização antes do “marco civil” chegar à Casa, o que ocorrerá em breve.

Regulação de TVs e rádios
No caso do marco regulatório da radiodifusão, não existe a mesma perspectiva.

A decisão de propor ao Congresso uma nova legislação para TVs e rádios havia sido tomada pelo ex-presidente Lula. Mas, por falta de tempo, o projeto não foi concluído no mandato dele e ficou para a gestão sucessora, que o lista como prioridade na área de comunicações, mas ainda não tem prazo para enviá-lo aos parlamentares.

Encarregado de fechar um texto para apresentar à presidenta, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, adotou uma postura cautelosa, por entender que a proposta, por si só, vai gerar muita polêmica no Congresso, dada a predisposição negativa das empresas de TV e rádio.

Ele recebeu no dia 8 de janeiro uma espécie de pré-projeto deixado pelo ministro da Comunicação Social de Lula, Franklin Martins, que comandara o debate em 2010. Desde então, a equipe de Bernardo submete a minuta ao que o ministro chama de “pente-fino”. E cogita colocá-la, ao menos em parte, em consulta pública. O objetivo, segundo ele, é evitar que o projeto tenha uma redação que dê aos inimigos da ideia argumentos para dizer que se trata, no fundo, de uma tentativa de amordaçar a mídia.

No segundo encontro nacional dos blogueiros progressistas, realizado em Brasília em meados de junho, Bernardo foi explícito sobre sua preocupação. “O governo acha [o marco regulatório] extremamente importante. Mas temos sido zelosos porque [o projeto] está marcado como censura”, afirmara na ocasião. “Parte da mídia faz críticas ácidas e hostis. Não gosta nem de ouvir falar [em regulação]. Quando mandarmos ao Congresso, vai ser uma briga danada.”

Os defensores do marco regulatório temem que “o pente-fino” de Bernardo, no fim, descaracterize o espírito original da proposta: submeter emissoras de TV e rádio, que são concessões públicas, a regras de regulação como acontece em outras áreas em que também há concessões, como energia elétrica ou telefonia.

O marco não tratará de jornais e revistas, que o governo considera que são empresas privadas como outras quaisquer.

sábado, 23 de julho de 2011

Tentativa de suicídio.

NA PONTE MAURICIO JOPPERT - LIGA SP À MS
Uma mulher tentou se matar nesta madrugada de sábado na Ponte Maurício Joppert. Conforme informações extra-oficiais de pessoas que estavam na fila de carros, uma mulher ficou por bom tempo ameaçando se jogar da ponte e acabou realizando seu intento, mas foi socorrida por bombeiros que já estavam no rio, caso ela cometesse o ato. Por causa da ocorrência, o trânsito ficou paralisado por cerca de uma hora e meia, das 5H00 às 6H30. A polícia não divulgou, a idade e nome da pessoa. Ela passa bem.

Amy Winehouse morre aos 27 anos, diz imprensa britânica

23/07/2011 - 13h36 - Atualizado em: 23/07/2011 - 14h10

  • Amy Winehouse durante show no Summer Soul Festival, na Arena Anhembi, em São Paulo (15/01/2011) Amy Winehouse durante show no Summer Soul Festival, na Arena Anhembi, em São Paulo (15/01/2011)
A imprensa britânica noticiou que cantora Amy Winehouse morreu na tarde deste sábado (23),  por volta das 16h (horário local), aos 27 anos. Segundo informações dos jornais "Daily Mirror", The Sun" e "Sky News", a cantora teria sido encontrada morta em sua casa em Camden, na Inglaterra. Há suspeitas de que Winehouse tenha sofrido overdose de drogas.
A notícia ainda não foi confirmada pelos assessores de Winehouse, mas, de acordo com a agência de notícias Reuters, a polícia informou que "o corpo de um a mulher de cerca de 27 anos" foi encontrado no mesmo local descrito e que o caso esta sendo tratado com uma morte "inexplicada".
O site de notícias TMZ publicou um comunicado que teria sido divulgado pela polícia metropolitana londrina. "A polícia foi chamada pelo Serviço Londrino de Ambulância em um endereço na Candem Square NW1 pouco antes das 16h05 da manhã (horário de Londres) do sábado, 23 de julho, com depoimento de uma mulher encontrada morta. Ao chegar, oficiais encontraram o corpo de uma mulher de 27 anos que foi declarada morta na cena. Investigações continuam a respeito das circunstâncias da morte. Até o seguinte momento, não há explicação".
No mês passado, a cantora cancelou sua turnê europeia após ser vaiada em Belgrado.

Amy Winehouse durante turnê no Brasil

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Trabalhador de Ribeirão descobre estar 'morto' há 30 anos

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ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO

Ao procurar o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em Ribeirão Preto (313 km de SP) para pedir o auxílio-doença, Vasco José dos Santos, 54, recebeu o veredicto: estava morto havia cerca de 30 anos.
Ele foi informado de que um outro homem, que havia morrido em um acidente de trânsito em São Borja, no Rio Grande do Sul, tinha o mesmo número de sua inscrição no PIS (Programa de Integração Social).

Marcia Ribeiro/Folhapress
Vasco José dos Santos, 54, que descobriu no INSS que estava "morto" havia 30 anos; confusão foi resolvida
Vasco José dos Santos, 54, que descobriu no INSS que estava "morto" havia 30 anos; confusão foi resolvida
"Nunca deixei de contribuir com a Previdência, mas quando precisei, não recebi. Se me senti lesado? Fiquei com vontade de jogar uma bomba lá dentro", afirmou.
A sua revolta ocorre principalmente porque não é a primeira vez que ele foi dado como morto.
"Em 1985 fui requerer o auxílio-natalidade quando minha filha nasceu. Eles me informaram do número do PIS duplicado, e que o homem estava morto havia cinco anos", disse.
De acordo com Santos, ele apresentou uma série de documentos para comprovar que estava vivo.
"Entrei com um processo, regularizei a minha situação e na Caixa [Econômica Federal] ficou tudo certo. Mas no INSS, não", afirmou.
Como não precisou pedir mais o benefício à Previdência, Santos não soube que a regularização não havia sido repassada ao INSS ainda na década de 80.
Ele passa por tratamento em Campinas (93 km de SP) contra a leishmaniose, doença causada por protozoário e transmitida pelo mosquito-palha. A previsão de Santos é que o tratamento termine em 25 de setembro e que, no mês seguinte, ele volte ao trabalho.
OUTRO LADO
Por meio de uma nota enviada pela assessoria de imprensa, o INSS confirmou que houve duplicidade nos números de PIS e que os segurados eram homônimos, mas que as demais informações, como RG e filiação, eram diferentes.
O órgão informou ainda que o benefício já foi depositado, com data retroativa ao dia 29 de maio.
De acordo com o INSS, ficou comprovado o vínculo de Santos com as empresas onde trabalhou. Agora, a Previdência Social do Rio Grande do Sul deverá atribuir um outro número de identificação ao homem que já morreu, para que Santos não tenha outros problemas.

Garoto sobrevive após vara de bambu atravessar seu pescoço (fotos)

Acidente aconteceu no estado da Virgínia, nos EUA.
Dez Heal brincava de ninja quando caiu sobre o bambu.

Do G1, em São Paulo
Um garoto norte-americano de 13 anos sobreviveu a um acidente em que uma vara de bambu atravessou o seu pescoço. Dez Heal brincava de ninja com seus amigos em Lynchburg, estado da Virgínia, quando caiu sobre a vara que era usada como espada.
O garoto americano Dez Heal, de 13 anos, dá entrevista à TV ABC após sobreviver a um acidnete em que uma vara de bambu atravessou seu pescoço (Foto: Reprodução/ABC)O garoto americano Dez Heal, de 13 anos, dá entrevista à TV ABC após sobreviver a um acidnete em que uma vara de bambu atravessou seu pescoço (Foto: Reprodução/ABC)
O bambu atravessou seu pescoço, mas não atingiu nenhuma das principais artérias, o que garantiu sua sobrevivência. Apesar da imagem assustadora do ferimento, seu pai conseguiu manter a calma após o acidente, e chamou os serviços de emergência.
Dez passou foi atendido por cinco horas no hospital para que a vara fosse retirada do seu pescoço e o ferimento fosse tratado.
"Senti e pensei 'Oh meu Deus'", contou Dez, já em casa e bem de saúde, em entrevista à rede de TV americana ABC. "Pensei que iria desmaiar, depois fiquei com medo de que sangrasse demais quando tirassem a vara do meu pescoço", disse.
Nicolas Blanco, um dos amigos de Dez que presenciou o acidente, disse ter ficado assustado. "Ele começou a gritar. eu fiquei com medo que ele não fosse ficar bem", disse à ABC.
Selo alerta imagem forte (Foto: Arte/G1)
O garoto Dez Heal, de 13 anos, com a vara de bambu atravessada em seu pescoço. Dez sobreviveu ao acidente após cinco horas de cirurgia. (Foto: Reprodução/ABC)O garoto Dez Heal, de 13 anos, com a vara de bambu atravessada em seu pescoço. Dez sobreviveu ao acidente após cinco horas de atendimento médico para retirar o bambu. (Foto: Reprodução/ABC)

GOVERNO INDENIZARÁ FAMÍLIA DE JOVEM MORTO POR DISPARO DA PM EM PRESIDENTE VENCESLAU


(Portal Prudentino)

A Fazenda Pública do Estado de São Paulo deverá pagar 100 salários mínimos para cada um dos pais de Evandro Muniz de Freitas Schweizer que, aos 16 anos, morreu após ser atingido por disparo tido como acidental durante abordagem da Polícia Militar. Os fatos ocorrem em 1º de maio de 2002, em Presidente Venceslau. O Tribunal de Justiça (TJ) manteve a condenação do Estado, mas reduziu a indenização por danos morais, que em primeira instância havia sido fixada em R$ 700 mil. O TJ fixou em 100 salários mínimos vigentes na época do pagamento para a mãe e mais 100 para o pai. Hoje, ficaria em R$ 54,5 mil para cada um. Conforme consta no processo, na ocasião os policiais foram acionados via Copom para atender uma ocorrência de desentendimento, durante a abordagem saíram de arma em punho. O jovem Evandro estava em frente à sua casa e, no momento da revista pessoal, o policial manteve a arma apontada, momento que ela disparou. A justificativa foi de acidente, que não houve intenção do tiro. Em primeira instância, o juiz da 3ª Vara Judicial de Presidente Venceslau, Michel Feres, afirmou que “não existe tal coisa como ’disparo acidental’”. “Por óbvio a arma não dispara por si mesma. A ação do homem que a empunhava gerou o disparo (desejado ou não) e toda a sequencia de eventos que com ele se relaciona”, discorreu ao sentenciar. O policial foi condenado pela Justiça Militar à pena de um ano, dois meses e 12 dias de detenção, por entender que estavam presentes todos os elementos caracterizadores de sua culpa no evento causado. No Tribunal de Justiça, o entendimento de culpa foi mantido, mas os desembargadores afirmaram que a indenização de R$ 700 mil fixada em primeiro grau estaria “elevada”. “Mostra-se desarrazoada a fixação, na medida em que a compensação por dor ou sofrimento moral não pode ser utilizada como meio ou fonte de enriquecimento. Impõe-se então adequar o valor estabelecido na sentença para a compensação do dano moral, fixando-o em 100 salários mínimos, vigentes no momento da liquidação, para cada um dos autores”, aponta o relator Rui Stoco. O processo foi movido pelos pais do garoto e a decisão do TJ foi registrada na terça-feira (19).

A advogada dos Autores da Causa, no caso, os pais da vítima é Luzia Scarcelli Moré Borges que informou que as partes ainda não foram regularmente intimadas sobre a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e cabe recurso. Luzia Scarcelli Moré Borges é advogada em Presidente Venceslau desde 2004.

Peso do juro do BC na dívida é o menor mas força alta histórica


Nunca a dívida do governo em títulos públicos esteve menos atrelada ao juro do Banco Central quanto no fim de junho: 30%. Mesmo assim, aumentos consecutivos da taxa somados à capitalização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social produziram o maior aumento semestral da dívida. Foram R$ 126 bilhões a mais entre janeiro e junho. Só em 2010 e 2007, crescimento havia superado R$ 100 bilhões. Dívida total chega a R$ 1,7 trilhão.

Milhões de somalis e quenianos perto de morrer de fome


Estima-se que em todo o Quênia há cinco milhões de pessoas que sofrem fome severa devido à seca, segundo Abbas Gullet, secretário-geral da Cruz Vermelha queniana. “Esta é uma situação muito séria. Em toda a região (o Corno de África) há mais de dez milhões de pessoas afetadas. Deste total, dois milhões de crianças estão severamente afetadas, metade delas sofre desnutrição aguda e muitos estão à beira da morte”, disse o diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake.

Nairobi – Para escapar da seca que assola seu país, cada somali deve percorrer 80 quilômetros de deserto arenoso entre a fronteira e o acampamento de Dadaab no Norte do Quênia, suportando um calor de 50 graus. A travessia demora nove dias.

A viagem a Dadaab é traiçoeira, e fica ainda mais perigosa quando cruza territórios caóticos com bandoleiros armados e inclusive policiais que investem contra os refugiados. E quando os que sobrevivem à viagem finalmente chegam a Dadaab, dão-se conta de que o acampamento está longe de ser o refúgio que esperavam. Estima-se que em todo o Quênia há cinco milhões de pessoas que sofrem fome severa devido à seca, segundo Abbas Gullet, secretário-geral da Cruz Vermelha queniana.

No Norte do país, a comunidade de Turkana está tão desnutrida quanto os refugiados em Dadaab. Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) indicam que das quase 850 mil pessoas que vivem em Turkana mais de 385 mil crianças e 90 mil mulheres grávidas e em período de amamentação sofrem de desnutrição aguda. Isto aumentou para 78% a proporção de novas admissões de crianças desnutridas.

“Esta é uma situação muito séria. Em toda a região (o Corno de África) há mais de dez milhões de pessoas afetadas. Deste total, dois milhões de crianças estão severamente afetadas, metade delas sofre desnutrição aguda e muitos estão à beira da morte”, disse o diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake. Isto ocorre menos de dois meses após o presidente do Quénia, Mwai Kibaki, declarar a seca como desastre nacional, já que as vidas dos habitantes de Moyale, Turkana, Wajir, Marsabi e Mandera estão por um fio devido à falta de comida e água.

“Quando estive em Turkana, uma das regiões mais afetadas pela seca, vi uma mãe umedecer os frutos de palmeira em pó na sua boca antes de colocar na boca do seu bebê, por falta de água. Isto é uma crise”, disse Lake em entrevista coletiva no dia 17, em Nairobi. O Ministério de Programas Especiais e a Cruz Vermelha do Quénia dão assistência alimentar aos mais afetados pela seca, mas, com a chegada de uma grande quantidade de refugiados, a população local diz que agora essa ajuda se destina a Dadaab.

“Estes são tempos difíceis tanto para os refugiados como para as comunidades que os recebem, que enfrentam penúrias semelhantes, e as coisas vão piorar porque continua sem chover”, disse Fatima Billow, trabalhadora social na localidade de Mandera, no Norte, perto de Dadaab. Os solicitantes de asilo, que no caminho para Dadaab sucumbem ao calor e à falta de água, são enterrados a curta distância do acampamento, num cemitério improvisado. O lugar serve para recordar aos vivos que, a menos que a situação melhore, eles também poderão morrer logo.

“Dadaab foi construído para receber no máximo 90 mil refugiados, mas agora são 423 mil, com 50 mil mais a construir acampamentos improvisados ao redor do complexo principal”, explicou uma fonte da Cruz Vermelha do Quênia. E isso não é tudo. “Há mais refugiados a caminho. Já estamos lotados, e os números continuam a crescer. Esta situação é uma emergência humanitária”, disse a enfermeira Nenna Arnold, da organização Médicos Sem Fronteiras. Como cada vez há mais pessoas a chegar aos três acampamentos que formam o complexo de Dadaab, a disponibilidade de serviços essenciais, como água, comida e saneamento básico fica inadequada para atendê-las.

Após uma viagem pelas áreas do Quênia devastadas pela seca, o secretário britânico de Estado para o Desenvolvimento Internacional, Andrew Mitchell, disse que milhões de pessoas correm o risco de morrer enquanto o Corno de África enfrenta a crise humanitária mais severa do mundo. A Unicef confirmou que um em cada três somalis sofre uma catástrofe humanitária. Os somalis suportaram uma crise socio-política durante cerca de 20 anos, o que só aumentou a pobreza, a insegurança alimentar e a instabilidade.

A situação na Somália propagou-se para os países vizinhos, particularmente para Quênia e Etiópia, onde também há milhões de pessoas que precisam de alimentos e água com urgência. Isto gerou animosidade nas comunidades anfitriãs, que sentem que os refugiados competem com elas pela escassa ajuda alimentar. “Agora, a comunidade anfitriã expressa frustração pelo que considera negligência, enquanto o governo e as agências de ajuda apressam-se a ir ao resgate dos refugiados”, disse Lake.

“Os moradores locais perguntam-nos por que se dá tanta atenção aos refugiados enquanto a nossa gente em Turkana, Wajir, Mandera, Marsabit e outras regiões sofrem o mesmo destino”, disse Mohammad Abdi, comerciante de gado que teve sérios prejuízos com a seca. “Compreendemos que os refugiados precisam de ajuda. Mas nós não estamos melhores. Sentimo-nos muito abandonados. Quem alimenta as visitas que chegam à sua casa enquanto os seus próprios filhos morrem de fome?”, perguntou Abdi.

Escândalo Murdoch: outra renúncia e uma morte suspeita

Sean Hore, o primeiro jornalista do News of the World a denunciar pressões para realizar escutas, foi encontrado morto em sua casa. Hore havia apontado o ex-editor do jornal agora fechado e ex-assessor do primeiro ministro britânico, Andy Coulson, como a pessoa que pedia que ele realizasse escutas. Escândalo derrubou sub-chefe da Polícia, John Yates, que admitiu ter demorado oito horas para decidir que "não valia a pena seguir investigando o caso".


Logo depois da prisão de Rebekah Brooks, braço direito de Rupert Murdoch, e da renúncia do chefe máximo da Polícia Metropolitana londrina, Paul Stephenson, por causa das escutas ilegais do império midiático Murdoch, ocorreu a demissão do sub-chefe da Polícia, John Yates, que, na semana passada, admitiu ao parlamento que demorou oito horas para decidir que “não valia a pena seguir investigando o caso”. Além disso, Sean Hore, o primeiro jornalista do News of the World a denunciar pressões para realizar escutas, foi encontrado morto em sua casa. Hore havia apontado o ex-editor do jornal agora fechado e ex-assessor do primeiro ministro britânico, Andy Coulson, como a pessoa que pedia que ele realizasse escutas.

Yates resistia a renunciar a seu cargo, mas as possibilidades dele permanecer se reduziram após a renúncia de Stepehenson, que foi pressionado por seus vínculos com Neil Wallis, ex-subeditor do tablóide que era propriedade de Murdoch, e que foi detido na semana passada. A notícia da demissão de Yates surgiu pouco antes da ministra do Interior, Theresa May, comparecer ao Parlamento para explicar a crise da Scotland Yard e seus vínculos com o jornal que, após 168 anos, fechou por causa do escândalo.

May, em sintonia com a posição oficial, assegurou que Stephenson tomou uma decisão “honrada” ao se demitir de seu posto, e acrescentou que “ainda há sérios aspectos que devem ser esclarecidos” sobre o escândalo das escutas. Ela também expressou sua “preocupação” pelos vínculos entre Scotland Yard e Wallis.

No domingo, o caso havia assumido novos contornos com a prisão de Rebekah Brooks, que foi liberada 12 horas após ser detida para interrogatório. Nesta terça, juntamente com Rupert e James Murdcoh, a editora se apresentará ante a Câmara dos Comuns.

Em meio a crescentes críticas oposicionistas, o primeiro ministro David Cameron propôs a realização de uma sessão extraordinária, quarta-feira, no Parlamento, “para que possa fazer uma declaração e informar a Câmara sobre a parte final desta investigação judicial e responder a qualquer pergunta que surja nestes últimos dias”, assinalou. Essa sessão modifica os planos dos parlamentares, que pretendiam desfrutar de seis semanas de férias a partir de terça. O próprio Cameron foi obrigado a abreviar seu giro pela África de cinco para dois dias, pressionado pelas queixas da oposição.

O líder trabalhista Ed Miliband acusou o premier de estar “paralisado” por suas antigas decisões. Cameron, exigiu, tem que responder a “perguntas difíceis”. Entre elas, dizer se em suas reuniões com Rebekah Brooks, falou-se da compra da cadeia BskyB, uma aquisição que foi congelada por Murdoch em razão do escândalo.

Como se tudo isso não bastasse, Hore, que havia incriminado o ex-porta voz do governo, foi encontrado morto em sua casa, ainda que a polícia tenha dito que, por enquanto, não suspeita de um caso de violência. Hore havia assegurado ao jornal New York Times que foi pressionado por Coulson, então redator chefe do jornal envolvido no escândalo, a realizar escutas. A morte do jornalista ainda não foi esclarecida, disse a policía no condado de Hertfordshire, onde Hoare morava.

Tradução: Katarina Peixoto